Avaliação física: porquê você não pode deixar de fazê-la

Muita gente pensa que é “pouco importante” mas, deixar a avaliação física para depois pode ser um erro

Fazer a avaliação física pode ser mais importante do que você imagina.

Muita gente - especialmente os mais jovens ou iniciantes de modalidades esportivas - pensam ser desnecessário passar por uma avaliação, mas esse é um erro que pode ser muito grave.

Para que serve a avaliação física?

A avaliação física é um exame completo feito por educadores físicos para identificar seu estado físico e condição de saúde e assim traçar estratégias individuais para atingir de forma segura seu objetivo. 

Através dela é possível reunir elementos para fundamentar a decisão sobre o método a ser utilizado com o indivíduo, tipo de exercício e demais procedimentos a serem adotados para a prescrição da prática desportiva.

Ela é importante para garantir a sua segurança durante o método e também para medir seu progresso - de forma que ele não estagne durante o processo. 

São feitos testes que colhem informação sobre o quadro cardiorrespiratório, neuromuscular, composição corporal e flexibilidade de cada indivíduo.

Todo mundo precisa fazer avaliação física?

Sim, todos precisam saber seu estado físico antes de iniciar uma atividade. Uma atenção maior vai para as pessoas sedentárias e obesas por apresentarem maior chance de infartar durante o exercício.

Embora o Brasil seja o segundo país com mais academias no mundo, não possuímos uma população tão saudável assim. A avaliação física é um recurso oferecido em toda “academia séria” para evitar riscos à saúde do usuário e acompanhar seus progressos.

Claro que uma boa alimentação deve ser aliada a prática de atividade física. O nutricionista que o acompanhar pode introduzir a  suplementação adequada a sua necessidade, como por exemplo uso de whey protein, pré-treino, multivitamínico etc..

Quais são os pilares da avaliação física?

Existem alguns elementos que são utilizados como balizadores durante a avaliação para determinar um resultado preciso sobre cada pessoa. São eles:

Aptidão cardiorrespiratória

É a capacidade máxima com o que o coração e a respiração conseguem operar - transportando oxigênio para atender a demanda dos tecidos ativos durante a prática de exercício.

Para melhorar a parte cardiorrespiratória, a indicação é a prática de exercícios aeróbicos como caminhada, corrida, ciclismo e natação.  

Composição corporal

Mensura os principais elementos do corpo humano: ossos, gordura e musculatura. A composição corpórea é dividida em dois grupos: massa magra (livre de gordura e constituída por proteínas, gorduras essenciais, água intra e extracelular e conteúdo mineral ósseo) e massa gorda (gordura corpórea).

Com esta análise, o profissional assegura um melhor acompanhamento dos progressos e minimiza os riscos à saúde do paciente. Aqui, podemos citar:

Índice de Massa Corporal (IMC) – mede a relação entre peso e altura. Este é um dos indicativos do risco de obesidade feito pela operação: PESO dividido por ALTURA x ALTURA.

Dobras Cutâneas ou Pregas Cutâneas – feito com o auxílio do adipômetro, aparelho que mede a espessura de sete dobras cutâneas, fornecendo assim a quantidade de gordura corporal.

Circunferências – demonstra o acúmulo de gordura corporal dos membros.

Bioimpedância – por meio de eletrodos posicionados nos pés e nas mãos, a bioimpedância mensura massa adiposa, massa magra, gordura visceral e composição óssea.

Flexibilidade

Flexibilidade pode ser entendida como a amplitude máxima de um movimento articular, em todas as direções possíveis. Uma boa flexibilidade garante que, com o passar da idade, o indivíduo continue a executar normalmente tarefas diárias como amarrar sapatos ou lavar os cabelos. 

Para melhorar seus movimentos, é necessário um programa de exercícios que possua aumento progressivo da amplitude de movimentos das articulações.

Avaliação da postura

O objetivo é detectar possíveis erros posturais - desníveis que podem prejudicar o indivíduo como escolioses, cifoses, lordoses, vícios posturais, atitudes posturais originadas por diversos problemas psicoemocionais, traumatismos, doenças, enfermidades e algum desequilíbrio da força muscular.

Essa avaliação pode detectar em qual estágio o indivíduo está e se antecipar a maiores danos, sendo o profissional, responsável por passar exercícios específicos para minimizar o problema.

Quais são os tipos de avaliação física existentes?

Existem 3 tipos de avaliação física:

1 - Avaliação diagnóstica: normalmente feita no início do trabalho entre paciente e profissional; ela visa ponderar os pontos fortes e fracos do paciente.

2 - Avaliação formativa: o objetivo é acompanhar o progresso do indivíduo.

3 - Avaliação somativa: é a soma de todas as avaliações que normalmente se fazem ao final de cada unidade do planejamento.

É fundamental ter um plano de avaliação para que o profissional consiga mensurar e comparar dados, a fim de entender se o tratamento está surtindo o efeito desejado e se houve progresso. 

Concluindo:

A avaliação física é uma excelente forma de conhecer seu estado físico e condição de saúde - antes e durante a aplicação do protocolo, contribuindo para que você atinja seus objetivos.

Confie em seu médico e educador físico, faça avaliações físicas constantes, respeite seus limites e valorize seus progressos. Cada um de nós tem uma resposta diferente aos estímulos; e acelerar o processo pode causar danos irreversíveis.