Ansiedade e depressão: sintomas e principais diferenças

Ansiedade e depressão são transtornos que caminham de mãos dadas, mas têm causas, sintomas e tratamentos diferentes

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão no mundo todo. Só no Brasil, são cerca de 11,5 milhões de pessoas com a doença.

Quando o assunto é ansiedade, contabiliza-se 264 milhões no mundo e cerca de 19 milhões no país - quadros que muito possivelmente tiveram um agravante com a pandemia e o isolamento social. 

Mas afinal, qual a diferença entre uma patologia e outra?

O que é ansiedade?

Sentir “algo ruim” diante de situações que geram estresse, medo ou expectativa é normal; o problema real vem quando isso se torna recorrente e corriqueiro. Quando o sentimento se expressa de forma ampla e constante, nos impedindo de cumprir tarefas, nos isolando de pessoas e eventos sociais ou mesmo nos afastando do trabalho - existe o risco de transtorno de ansiedade.

As reações físicas e mentais são variadas e acarretam diversos problemas para o corpo e a mente.

Sintomas de ansiedade

• medos irracionais;
• insegurança;
• pânico;
• comportamentos obsessivos constantes;
• problemas com o sono;
• medo de falar em público;
• preocupação em excesso.

O que é depressão?

A depressão pode ser definida como uma patologia crônica que consiste na falta ou na ausência de serotonina - hormônio associado à comunicação neuronal. A falta de serotonina pode causar a perda de interesse por eventos corriqueiros e tarefas diárias, trazendo diversos prejuízos para o indivíduo e também à família.

Sintomas de depressão

• cansaço extremo;

• alterações no sono;

• dificuldade de concentração;

• irritabilidade;

• angústia.

Principais diferenças entre ansiedade e depressão

Ansiedade não é sinônimo de depressão. Elas costumam aparecer juntas, no entanto, cada uma possui seu quadro sintomático e tratamento adequado.

A depressão possui graus diferentes - variando de uma forma mais leve a uma mais grave. Geralmente as pessoas deprimidas não sentem nenhum prazer ou motivação em desempenhar tarefas que antes traziam satisfação e alegria. Em muitos casos, podem se tornar desleixadas, evitando até hábitos de higiene pessoal.

Uma pessoa com depressão se vê como uma inútil; e pensa que sua vida não tem sentido ou propósito algum. É normal sentir-se frequentemente insegura e fazer alusões à morte. Em muitos casos, podemos observar comportamentos de automutilação associados.

Já a ansiedade causa um comportamento constante de apreensão, medo e alerta extremo - mesmo em situações cotidianas. É normal o portador de ansiedade criar desfechos negativos em sua imaginação para eventos que nem aconteceram - e viver refém desses cenários. 

Durante essas situações de estresse intenso, o corpo tende a liberar altas cargas hormonais que aumentam a pressão sanguínea e colocam o organismo em estado de “fuga ou luta”. Sendo assim, pessoas ansiosas vivem constantemente sob efeito dessas substâncias, o que é danoso para a mente e o corpo.

É possível prevenir ansiedade e depressão?

Sim, é possível prevenir ambas as doenças praticando hábitos saudáveis, como meditação, exercícios físicos e dieta balanceada. Conversar com pessoas queridas ajuda a aliviar o estresse do dia a dia e afasta pensamentos obsessivos, fóbicos e hipocondríacos, que podem levar a um quadro de transtorno de ansiedade e depressão.
É claro que o ideal é sempre o acompanhamento de um profissional para identificação e tratamento de ambas as patologias, mas, podemos elencar aqui algumas dicas simples e saudáveis para evitar que elas apareçam.

Dicas para prevenir ansiedade e depressão

1 - Praticar atividades físicas

A atividade física libera hormônios que causam sensação de bem-estar, além de ser essencial para a saúde mental como um todo.

2 - Cuidar da higiene do sono

Respeite a necessidade do seu corpo - durma o suficiente para encarar as tarefas do dia a dia. A falta de sono regular pode causar - além de depressão e ansiedade - acidentes de trânsito, variação do humor, queda no rendimento no trabalho e outros.

3 - Alimente-se bem

Uma dieta balanceada nos provê os nutrientes necessários para manter o bem-estar, qualidade de vida e imunidade.

4 - Conversar

Converse com pessoas queridas. Freud dizia que “falar é a própria terapia” - e é mesmo. Ao conversar sobre assuntos estressantes, chegamos a conclusões mais sólidas e ouvimos opiniões diferentes.

5 - Faça o que te dá prazer

Engaje-se em atividades lúdicas para “distrair a cabeça”: assista uma série ou filme, brinque com seus filhos, faça um curso online ou monte um quebra-cabeças.

6 - Evite pensamentos negativos

Talvez dos hábitos que prejudiquem sua saúde mental, esse seja o mais difícil de se colocar em prática, afinal, é difícil ter controle da nossa mente. Mas tente desviar os pensamentos ruins incluindo no lugar uma ação positiva - treino, meditação ou estudo.

Caso você precise de uma forcinha extra, vale procurar um médico de confiança ou nutricionista para fazer um checkup e validar se todas as vitaminas e minerais estão em dia. 

Fontes:

Bem-estar - G1

Telavita

Marcelo Parazzi