Intolerância e alergia alimentar: qual a diferença?

Intolerância e alergia alimentar: qual a diferença?

Há quem pense que ambas tratam-se da mesma coisa, porém, não é bem assim. Conheça um pouco mais sobre as causas e os tratamentos indicados em cada um dos casos.

Os sintomas podem até ser parecidos, mas o prognóstico não. Para entender melhor qual é o protocolo em cada caso, existe uma classificação geral para essas reações - descritas do tipo “não-tóxicas”.

As reações não tóxicas podem ser classificadas em não imunomediadas (intolerância alimentar) ou imunomediadas (hipersensibilidade alimentar ou alergia alimentar). A principal diferença entre ambas, é a forma como o organismo reage à ingestão do alimento.

Na alergia, o corpo detecta o agente estranho e começa a produzir anticorpos numa tentativa de neutralizá-lo. No caso da intolerância, o corpo tem dificuldade em digerir ou absorver algum nutriente - geralmente devido a ausência de enzimas responsáveis por essa tarefa. 

Digestão da lactose: um exemplo prático

Um exemplo prático da diferenciação entre um e outro é o leite de vaca: na intolerância, o corpo não produz a enzima protagonista na digestão da lactose - a lactase. Em função disso, na maior parte das vezes, se o produto não possui lactose, ele é bem tolerado.

No caso da alergia, o corpo produzirá e combaterá com anticorpos qualquer contato com a lactose, ainda que ele seja mínimo. 

Alergia alimentar: mais comum entre as crianças

Algumas proteínas podem ser mais sensíveis, especialmente para crianças. É o caso do leite de vaca, ovo, soja, trigo, peixes e amendoim. A alergia alimentar é uma reação a uma partícula proteica do alimento, por parte do sistema imune.

Especialmente nas crianças menores de 1 ano, o leite de vaca pode ser um grande agente alergênico. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a alergia é mais comum em crianças, com prevalência de aproximadamente 6% em menores de três anos. Em adultos, a incidência é de 3,5%, sendo que 2,2% se referem à alergia à proteína do leite de vaca.

Os sintomas da alergia alimentar podem incluir: 

  • febre, 
  • náuseas, 
  • vômitos, 
  • diarréia, 
  • dores no abdômen, 
  • pruridos, urticárias e vermelhidão;
  • dores de cabeça;
  • olheiras;
  • descamação da pele;
  • inchaços em partes do corpo.

Todo cuidado é necessário, visto que os processos inflamatórios causados pela ingestão de alimentos como os citados podem causar - além dos sintomas relatados acima - doenças sérias, como o aumento da permeabilidade intestinal (algo muito estudado hoje em dia, a famosa “leaky gut”) e uma série de doenças autoimunes (como artrite, lúpus, tireoidite de hashimoto e vitiligo). E isso serve para qualquer alimento que o corpo não digere bem, algo bem individual.

A alergia alimentar deve ser investigada por meio de testes específicos (mediados por IgH) ou por observação, tirando da dieta o alimento sob investigação e analisando-se a forma como a pessoa se comporta perante a isso.

Intolerância alimentar: o problema pode aparecer em qualquer fase da vida

Ainda que você tenha sido bem tolerante a leite ou amendoim durante toda a sua vida, há uma margem de chance das coisas mudarem. 

A intolerância alimentar ocorre devido a uma deficiência enzimática do sistema digestório, que não permite a digestão “correta” de determinada proteína alimentar. É em função disso que a maior parte da manifestação dos sintomas é gastrointestinal e costuma ser imediato:

  • inchaço;
  • sensação de estufamento;
  • diarreia;
  • gases;
  • dores de estômago;
  • dores abdominais;
  • náuseas e vômitos;
  • azia; cólicas.

Doença celíaca: um tipo de intolerância permanente

A doença celíaca é um tipo de mal autoimune que tem como causa a proteína presente no trigo, centeio e cevada - o glúten. Em algumas pessoas, ele pode causar uma inflamação importante no intestino que acarreta, com o tempo, má absorção dos nutrientes.

Normalmente a doença se inicia na infância - entre 1 e 3 anos de vida já podem se notar os primeiros sintomas - mas isso não exclui a possibilidade da manifestação durante a vida adulta. 

Como ainda não há cura, a única solução viável e eficiente é excluir do cardápio tudo que tem a presença do glúten em sua formulação. É possível trocar o glúten por outros alimentos feitos a base de arroz, milho, batata, amêndoas, soja, chia, grão de bico, quinoa e mandioca. 

Como se trata de um quadro delicado - a recomendação é que se busque sempre um especialista para orientar da melhor forma possível, pautando-se sempre nas necessidades individuais. 




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