mulher em meio a comidas

Descobertas surpreendentes sobre metabolismo e idade

De acordo com descobertas recentes publicadas pela revista Science, o metabolismo chega ao seu ápice mais cedo na vida e desacelera significativamente após o período que era previamente pensado.

Antes de mergulharmos nos detalhes da nova pesquisa vamos definir alguns termos. Metabolismo é a combinação de todos os processos químicos que formam o caminho para um organismo sustentar a vida.

Para seres humanos, isso inclui a conversão de energia para comida a energia para atividades vitais como respiração, circulação do sangue, desenvolvimento e restauração de células, digestão alimentar e eliminação de restos.

Taxa metabólica basal

mulher enrolando fita métrica com o garfo

 

A quantidade mínima de energia necessária para o funcionamento de tais processos quando um organismo está em jejum e descansando é conhecida como taxa metabólica basal, ou TMB.

O processo matemático é calculado usando diversas calculadoras online, considerando a altura, o peso, a idade e o sexo do indivíduo. O termo também é reportado por taxa metabólica de repouso, ou TMR. Gasto energético total (GET) é a combinação de TMB com a energia utilizada para atividades físicas e a energia usada para a digestão de alimentos (conhecida como termogênese induzida pela dieta).

Em casos de adultos sedentários a TMB é responsável por aproximadamente 50% a 70% da produção total de energia, termogêneses por 10% a 15% e atividades físicas pelos restantes 20% a 30%. Nós sabemos que certos fatores como idade, sexo, massa corporal, atividades físicas e doenças afetam o gasto de energia.

Estudo sobre metabolismo e idade: mudanças ao longo da vida

homem correndo

 

Todavia, um novo estudo que inclui dados de indivíduos por volta do mundo, revela informações surpreendentes sobre o timing de mudanças no metabolismo ligados a idade.

Quem participou do estudo?

Ao todo, foram 6421 cobaias (64% mulheres) entre as idades de 8 dias a 95 anos, totalizando 29 países ao redor do mundo.

Quais foram as implicações do estudo?

Pesquisadores calcularam o GET em todas as cobaias usando medidas em águas duplamente rotuladas (o melhor método para medir o gasto de energia). Eles também utilizaram instrumentos adicionais, como sets de dados, modelos matemáticos e ajustes para conduzir as variáveis de tamanho de corpo, idade e status reprodutivo. Os resultados revelaram quatro fases distintas de total ajustado e energia básica gasta durante a vida.

Quais foram os resultados do estudo?

As fases de energia gasta são descritas pelo estudo, abaixo:

Neonatal (1 mês a 1 ano):

bebê neonatal

 

Em seu primeiro mês, neonatais tiveram uma energia gasta ajustada para tamanho similar a adultos. Tais gastos cresceram rapidamente durante o primeiro ano, chegando ao auge nos 7 meses de idade. Indivíduos entre 9 e 15 meses atingiram um gasto ajustado aproximadamente 50% maior que dos adultos.

Infância e adolescência (1 a 20 anos):

adolescentes

 

Apesar do fato que gastos totais e básicos, assim como a massa sem gordura mantiveram crescimento de acordo com idade, gastos ajustados por tamanho diminuíram de maneira estável durante o período. Sexo causou zero impacto na taxa de declínio. Nos 20.5 anos, GET e TMR ajustados estagnaram comparado a níveis adultos. Importante notar que não existiu aumento nos gastos totais e básicos ajustados entre as idades de 10 a 15 anos (puberdade).

Idade adulta (20 a 60 anos):

adultos

 

Gastos totais e básicos e massa sem gordura foram estáveis no período total adulto, independentemente de sexo. GET e TMR ajustados continuaram com estabilidade até em instâncias de gravidez, e qualquer aumento em gastos não ajustados durante a gravidez pode ser responsabilizado por acréscimos de massa corporal. O ponto exato em que GET ajustado começa a declinar é aos 63 anos, para TMB ajustado aos 46.5 (apesar de pesquisadores indicarem um pequeno número de medições TMB reduzindo suas confianças na estimativa).

Idosos (>60 anos):

idosos

 

Aproximadamente aos 60 anos, GET E TMB experienciam uma queda, assim como massas sem e com gordura. Porém, declínios em gastos de energia ultrapassaram valores esperados por redução de massa corporal. GET E TMB ajustados caíram em 0.7% ao ano e para sujeitos aos 90 ou mais anos gastos totais ajustados foram 26% abaixo de adultos na idade média.

Resultados adicionais do estudo

idosa segurando foto sua de quando era jovem

 

Os autores do estudo tinham interesse em relação aos efeitos da atividade física e metabolismo específico do tecido (a ideia que alguns órgãos, como o cérebro e o fígado, usam mais energia que outros, assim constituindo uma porcentagem mais elevada de peso corporal em indivíduos mais jovens) durante a vida.

Os pesquisadores determinaram por inúmeros cenários que mudanças em relação a idade em atividades físicas e metabolismo específico do tecido contribuem para o GET em várias idades.

Em particular, metabolismo específico do tecido elevado no começo da vida pode ser relacionado ao crescimento e desenvolvimento, enquanto gastos de energia reduzidos no resto da vida podem refletir declínio metabólico em órgãos.

Quais pontos do estudo devem ser levados ao seu cotidiano?

idosos treinando

 

Esse estudo desafia antigas perspectivas de que o metabolismo está diretamente relacionado com atividade metabólica nos órgãos durante o crescimento e desenvolvimento.

Por isso seria extremamente alto na infância e adolescência e progressivamente diminui em adultos e idosos. Os autores descobriram o inverso, observando que o TMB era 30% maior que o esperado baseado em composições de órgãos e corpos de crianças de 1 a 20 anos, e 20% menor em adultos aos 60 ou mais anos.

Tais desvios em GET E TMB projetados na infância e idosos apoiam a noção de que mudanças metabólicas relacionadas à idade contém uma função mais importante que antes achávamos. Adicionalmente, os resultados demonstram fortemente que talvez o ganho de peso na idade média não é responsável por metabolismo lento.

O que indivíduos podem fazer para promover a administração do peso durante a vida?

casal comendo

 

Nós também precisamos reconhecer a existência de variações individuais em gastos de energia que podem afetar a trajetória de peso de uma pessoa ou sua capacidade em efetuar estratégia contra o ganho de peso. Porém, estudos não negam o nosso conhecimento atual sobre como atingir e manter um peso saudável durante a vida. Provas concretas ainda apoiam:

● Se alimentar em uma dieta saudável e equilibrada, composta primariamente por frutas, vegetais, proteínas magras e grãos;

● Manter um estilo de vida ativo com o objetivo de ter pelo menos 150 minutos de atividades físicas por semana, inclusive musculação para aumentar ou manter uma massa muscular leve;

● Descanso adequado, que para a maioria significa sete a oito horas de sono por dia;

● Condução de estresse por plena atenção, meditação ou outras atividades relaxantes.

 

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Fontes:

Original - Harvard Health Publishing

Traduzido por: Pedro Audi

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